segunda-feira, 4 de abril de 2016

Guia de Profissão

1. Sobre o curso

Nos dois primeiros anos, o estudante tem um conjunto de aulas das áreas das Ciências Biológicas, Exatas e Sociais Aplicadas, como anatomia, microbiologia, genética, nutrição e produção animal, matemática e estatística, além de bioética e relações ciência, tecnologia e sociedade (CTS). Nos anos seguintes, o aluno começa a estudar doenças e técnicas clínicas e cirúrgicas. Além disso, existem as as atividades práticas, que são realizadas em laboratório e continuam ganhando espaço na grade curricular da maioria dos cursos de Medicina Veterinária

2. ESTÁGIO

Quem recruta estagiários    

- Empresas de produtos veterinários.
- Fábricas de ração.
- Fazendas.
- Clínicas particulares.
- Centrais de inseminação.
- Matadouros e laticínios.
- Zoológicos.
- Faculdades de Veterinária.
- Indústrias. 
- Segurança de alimentos.
Momento ideal para iniciar estágio  
A partir do terceiro período, quando o aluno já tem uma base mínima de informação e formação e aproveita melhor os estágios.
Atividades do estágio    
O estagiário auxilia os profissionais já formados nas suas atividades em todas as áreas de atuação, como clínica médica de grandes e pequenos animais, exames de laboratório, inspeção e tecnologia de produtos de origem animal, controle de zoonoses, defesa sanitária animal, nutrição e alimentação animal, reprodução e inseminação artificial, indústria de medicamentos, vacinas e alimentos para animais, entre outras.

3. mercado


Profissionais no mercado  

   84.350
Exigências para atuar na profissão  
- Ter diploma de graduação em Medicina Veterinária.
- Estar registrado no Conselho Regional de medicina Veterinária.
Regulamentação  
Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968.
Ganho inicial (média mensal)  
Cerca de R$ 2 mil.
Ganho intermediário (média mensal)
De R$ 2,6 mil a R$ 4 mil.
Ganho no auge (média mensal)  
De R$ 5 mil a R$ 7 mil.
Atividades do início de carreira  
- Análise de impacto no meio ambiente.
- Comércio de produtos veterinários.
- Clínica de pequenos, médios e grandes animais.
- Inspeção sanitária animal.
- Fomento e pesquisa.
- Experimentação animal.
- Laboratório de análises de alimentos, produtos químicos e biológicos, manipulação de medicamento e produtos de embelezamento animal.
- Diagnóstico e doenças animais.
- Laboratórios e farmácias de produtos veterinários.
- Reprodução animal.
Auge da carreira 
   Entre cinco a sete anos. 


4. estrutura curricular 


5. ENSINO

Vagas disponíveis por ano
17.000 (média) 
Duração do curso
5 anos
Candidatos
70.000 (média)
Notas de corte (2016)
 599,29 á 763,28 Sisu 2016
Formados por ano
6.500 (média)


Áreas de atuação e especialidades do médico veterinário

Em quais áreas o médico veterinário pode atuar  ?


  • Clínica e cirurgia de animais de pequeno porte

          Prestar atendimento clínico e cirúrgico a animais domésticos.
  • Centros de pesquisa
          Atuar na investigação e pesquisa no desenvolvimento de biotecnologias.

  • Indústria de produtos para animais

         Acompanhar a produção e a comercialização de alimentos, rações, vitaminas, vacinas e medicamentos.         
         Cuidar do marketing dos produtos e prestar assistência técnica ao cliente.

  • Indústria de produtos de origem animal

         Fiscalizar estabelecimentos que produzam, vendam ou exportem produtos de origem animal.

  • Manejo e conservação de espécies

         Estudar animais silvestres em cativeiro ou em seu hábitat, cuidando de sua reproduçãoe preservação.          
         Implantar e administrar projetos ecológicos e em reservas naturais.

  • Perícia técnica

        Avaliar a saúde de animais de competições esportivas e a possível ingestão por eles de medicamentos e hormônios proibidos.
        Identifiação de defeitos, vícios, acidentes e doenças.
        Peritagem de exames técnicos sobre animais e seus produtos, em questões judiciais.
        Avaliação e perigtagem, assim como planejamento, supervisão e orientação de crédito e de seguro a empresas.

  • Produção e sanidade animal

        Controlar a saúde de rebanhos. Prevenir e controlar doenças em propriedades rurais.

  • Saúde pública veterinária

         Prevenir e controlar zoonoses e doenças transmitidas por vetores. Atuar na vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental.

  • Tecnologia de produção animal

         Desenvolver técnicas e métodos de aperfeiçoamento genético, alimentação e reprodução.




E as especialidades ?

  • Acupuntura 
  • Anestesiologia
  • Cardiologia
  • Bem-estar e comportamento animal
  • Cirurgia geral e especializada
  • Dermatologia
  • Diagnósticos por imagens
  • Ecologia
  • Emergência
  • Endocrinologia
  • Especialistas em gatos
  • Farmacologia
  • Geriatria
  • Homeopatia
  • Nefrologia e Urologia
  • Neurologia
  • Nutrição
  • Odontologia
  • Oftamalogia
  • Oncologia
  • Ortopedia
  • Reprodução animal

História e Significado do simbolo da Veterinária


          Ao perceber a grande variedade de tipos e formatos de símbolos usados pelos Conselhos Regionais e demais instituições veterinárias no País, decidiu o Conselho Federal de Medicina Veterinária instituir um concurso, com a finalidade de padronizar e unificar apenas um  símbolo que identificasse a Medicina Veterinária no Brasil.
        Ao todo foram apresentadas 172 sugestões. Houve um julgamento em outubro de 1994 para selecionar os    melhores trabalhos e julgar o vencedor.
          A proposta vencedora julgou ser de coerência histórica e tradição a adoção da serpente e do bastão, símbolos de Esculápio, deus da arte de curar na Grécia Antiga, devendo estar inserida a Letra V, ambos tendo como moldura um hexágono irregular.
         Quanto às cores usadas em sua apresentação gráfica, domina o verde, pois esta cor é tradicionalmente usada nos símbolos da Medicina humana e Veterinária; significa a vida vegetal, a juventude e a saúde. A cor branca, sendo a união de todas as outras, significa integração, luta pela vida e paz.
  • O bastão (primitivamente um galho de árvore com algumas folhas) significa os segredos da vida terrena, poder da ressurreição, o auxílio e o suporte da assistência dada pelo médico aos seus pacientes; sua origem vegetal representa as forças da natureza e as virtudes curativas das plantas.   

         Cor: Verde Bandeira 70% e Verde Bandeira 40%
  • A letra "V" tem a função de identificar a Medicina perante o público leigo e diferenciá-la de outras profissões biomédicas.   
         Cor: Verde Bandeira 70%
  • A serpente representa a prudência, a vigilância, sabedoria, a vitalidade, o poder de regenerescência e preservação da saúde.   
         Cor: Verde Bandeira 100%
  • A figura usada tem um formato hexagonal.   
         Cor: Verde Bandeira 100%

História da Veterinária

          A Medicina Veterinária se deu origem quando o homem primitivo começou a domesticar o primeiro animal. Os mais antigos registros de nossa atividade profissional datam do Século XVIII A.C., com informações gravadas no Papyrus Veterinarius de Kahun, com várias referências sobre a "medicina animal". Mas a Medicina Veterinária moderna teve a sua origem em 1762 quando Claude Bourgelat criou, em Lyon, na França, a primeira Escola de Veterinária, criando também a segunda em Maison Alfort, nos arredores de Paris, em 1765. Essas duas escolas se constituíram em verdadeiros polos irradiadores para as demais nações do mundo. Até o final do Século XVIII, surgiram 20 estabelecimentos de ensino veterinário na Europa. 
          Já no Brasil, a idéia de criação de estabelecimentos dedicados ao estudo da Medicina Veterinária foi despertada quando o Imperador Dom Pedro II visitou a Escola Veterinária de Alfort em 1875, só se concretizando, entretanto sob a égide da República, com o Decreto 8.319 de 20 de outubro de 1910, assinado pelo Presidente Nilo Peçanha. O documento tornava obrigatório o ensino da Medicina Veterinária. No mesmo ano foram criadas a Escola de Veterinária do Exército (aberta em 17/07/1914) e a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (04/07/1913), ambas no Rio de Janeiro. 
          O ensino foi dirigido, inicialmente, de maneira diferente nas duas escolas. A civil foi orientada à produção animal, principalmente dos bovinos. Os animais importados eram atacados pelos carrapatos transmissores da anaplasmose e babesiose, exigindo um exaustivo trabalho de premunição. Mais tarde, houve uma grande orientação para a clínica de pequenos animais e a saúde pública veterinária, com a campanha contra o mormo, doença que atacava os cavalos e os soldados. Os melhores alunos da Escola do Exército eram enviados para o Instituto Osvaldo Cruz, precursor da pós-graduação formal no Brasil, muitos dos quais foram transformados posteriormente em destacados cientistas. 
          A primeira turma da escola civil graduou-se em 1917. Três anos depois, fundava-se a Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. A primeira mulher diplomada em Medicina Veterinária no Brasil foi a Dra. Nair Eugenia Lobo, na turma de 1929 pela Escola Superior de Agricultura e Veterinária, hoje Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 
          O primeiro diploma legal a regulamentar a Medicina Veterinária veio com o Decreto 23.133 de 9 de setembro de 1933. Essa data foi escolhida posteriormente como o dia do Médico Veterinário. 
          Em 1946, a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhecendo a necessidade de se conciliar, definitivamente, os inseparáveis preceitos da saúde humana com a saúde dos animais, recomendou que se criasse uma seção de saúde veterinária, que foi estabelecida no ano de 1949; assim define a OMS, em 1951, a Saúde Pública Veterinária: 
"A Saúde Pública Veterinária compreende todos os esforços da comunidade que influenciam e são influenciados pela arte e ciência médico-veterinária, aplicados à prevenção da doença, proteção da vida e promoção do bem-estar e eficiência do ser humano" - Organização Mundial da Saúde, 1951. Em 1955, foram estabelecidas as seguintes atividades para esta área: o controle e erradicação de zoonoses; a higiene dos alimentos; os trabalhos de laboratório; os trabalhos em biologia e as atividades experimentais.
          Em 23 de outubro de 1968, houve a aprovação da Lei 5.517, que estabelece segunda regulamentação e cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária. 
          Recentemente a aplicação da medicina veterinária tem se expandido por causa da disponibilidade de técnicas avançadas de diagnóstico e de terapia para a maioria das espécies animais, bem como pelos avanços científicos em outras áreas, como a genética, a biotecnologia, a fisiologia, que proporcionam melhoramentos nos sistemas de produção animal